Flor da pele

Momentos antes do encontro me bateu uma sensibilidade ao extremo, um nó de choro na garganta, segurei para não desabar...  não conseguia definir o porquê exatamente, mas talvez porque fosse o todo... A experiência em si, a cidade, a saudade, o novo, a expectativa, o medo, a menstruação... não compartilhei com elas essa sensação porque não sabia ao certo o quê exatamente..então deixei isso comigo e tentei fazer o que tem que ser feito, estar ali, presente. Senti a necessidade de fazer uma concentração mais prolongada, para me esvaziar de tudo... e fiz!
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No ensaio de hoje a proposta era eu experimentar minha palhaça já contando uma das histórias. No fim, depois de toda a fragilidade que me assolou minutos antes do ensaio, tive um momento muito, muito bom! Fiquei feliz em ver nos olhos delas ( e dentro de mim mesma) que, depois do resultado de hoje, tudo vai se encaminhar bem...afinal todas estamos preocupadas com o tempo que temos para um processo que exige um tempo maior, ou melhor, um projeto que não tem um final em si, pois  a busca da palhaça é só o começo. Digamos que As Marias estão me dando um "pé na bunda" gigantesco para que depois eu possa continuar essa minha busca pela palhaçaria.
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Pude visualizar o que a Curalina pôde e vai fazer com as histórias... claro, há que se pegar mais ritmo... mas também fiquei feliz em ver que uma figura se aponta, e que ela já teve uma lógica própria pra contar a história. Até mesmo porque eu contava antes essa história, como atriz e por isso pude perceber a modificação que há quando é a palhaça que conta.
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Ao final saí do ensaio com uma energia muito boa...de ter me divertido na cena..adoro atuar! Adoro esse jogo comigo mesma e com o outro! Me renovou! A pele que estava a flor, continuou, só desabrochou...