sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Fugas&Fugas


Gigi
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Hoje fui agraciada com a presença de uma das alunas das mestras, a Gigi. E me senti honrada pela generosidade com que se predispôs a jogar comigo em cena e pela preocupação que Vera Ribeiro e Karla Concá tiveram em me proporcionar tal experiência para que eu possa me construir como palhaça através da relação com outra pessoa na cena. O processo não é fácil e mais difícil ainda é que neste projeto sou só eu e eu na cena, de forma intensiva... Quando se trata de uma oficina onde há mais pessoas o foco se divide e a platéia é maior, o que faz com que se possa exercitar melhor a capacidade de jogo com o público. Tento não me deixar travar pela pressão que é ter como platéia somente as mestras, afinal é uma baita responsabilidade isso...

Vera Ribeiro
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Na aventura de hoje uma reflexão sobre a "fuga" me parece pertinente. Quando algo que fazemos em cena como fuga de alguma insegurança ou por estar perdido pode prejudicar a energia de presença e quando um movimento de fuga pode potencializar a energia da palhaça na cena. Ando fazendo dois movimentos na cena, um é uma agitação das mãos e bater com elas na cocha, e outro que é um congelamento total no qual demos o nome de "dois segundo de pânico".  Em nossa conversa pós-exercício percebemos que o primeiro me faz perder energia em cena enquanto que o segundo potencializa minha energia, causa um suspense e em seguida consigo achar uma saída da situação. Elas me orientaram a transformar o movimento, tomar consciência dele para que ele não seja realmente um fuga por ficar sem ação em cena. Enquanto que o "2 seg. de pânico" me dilata e me faz continuar com energia, me faz contornar a situação de improvisação. Bom, agora já tenho a consciência... falta agora me apropriar de fato na hora da cena... Mas fiquei pensando sobre a questão da fuga não só na cena, mas na vida também... que momentos da minha vida faço algo como fuga para não enxergar de verdade as coisas e agir... e pensei também sobre o lado positivo de uma fuga... de quando o recuar pode te jogar mais pra frente depois...enfim..coisas de arte/vida...

Eu, Gigi e Karla Concá
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Num processo como esse a gente se envolve 24 horas com ele, não só na sala de ensaio. Nesse fim de semana por mais que eu fui andar de bicicleta pelas ruas do Rio, tomar um banho em Copacabana, ver Roberto Carlos no seu Lamborghini Conversível Branco num semáforo na Urca e fui em blocos de carnaval  (sim, porque aqui no Rio o tempo não pára e já é carnaval :)  ainda assim fiquei "matutando" sobre minha experiência, sobre o vivido, sobre como vai ficar o espetáculo, sobre minhas experiências de vida que fazem o que sou, enfim, cabeça a mil, corpo latente... Foi então que neste fim de semana, em meio ao presente e ao passado surgiram dois nomes em minha mente: Um possível nome pro espetáculo e também o nome daaa.... minha palhaça!!! Apresentarei para as mestras na segunda (próximo ensaio).
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Ah! O nome do espetáculo a princípio então seria "Vô me escondê aqui"!
E o nome da palhaça que vem vindo é "Curalina Fosfosol"!

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Ai Danii vindo de você me sinto lisonjeada, porque você sabe o que vc é pra mim! néee?!! Beijoss, beijoss meu irmão branco! rs

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